A ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, foi designada para ser negociadora europeia para a área de Tecnologia na COP30, pela presidência dinamarquesa da União Europeia (UE). A decisão, tomada internamente pelo bloco, reflete um consenso entre os Estados-Membros quanto à experiência da ministra nos campos da ciência, inovação e políticas climáticas, de acordo com o comunicado à imprensa.

Maria da Graça Carvalho vai, deste modo, integrar o núcleo de negociadores selecionados para representar o posicionamento europeu nas discussões sobre tecnologias de mitigação e adaptação, financiamento tecnológico e mecanismos de transferência de tecnologias. Além disso, a ministra vai juntar-se às rodas de conversa sobre a cooperação com países em desenvolvimento e instrumentos de apoio à inovação climática.

“A tecnologia é um dos pilares decisivos para acelerar a ação climática global e para garantir que todos, sobretudo os mais vulneráveis, têm acesso a soluções eficazes e acessíveis”, considera a ministra portuguesa. “Na COP30, trabalharei com determinação para que a Europa fale a uma só voz e para que construamos compromissos ambiciosos, realistas e baseados no conhecimento científico”, declara.

Maria da Graça Carvalho já tinha desempenhado a função de ministra da Ciência, Inovação e Ensino Superior nos gabinetes de Pedro Santa Lopes e de Durão Barroso, tendo sido conselheira do último quando este presidiu à Comissão Europeia. Foi eleita a eurodeputada pelo PSD, cargo que exerceu entre 2009 e 2014, bem como entre 2019 e 2024. A governante é ainda docente na Universidade Técnica de Lisboa, nas áreas da energia e das alterações climáticas.

Há cerca de um mês, em Brasília, a ministra participou também na Pré-COP enquanto negociadora. Até 21 de novembro, data prevista de encerrar a COP30, Maria da Graça Carvalho vai continuar a acompanhar os dossiês da UE e a coordenar, com os restantes ministérios, a participação nacional nesta conferência do clima da ONU.