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Estudo conclui que 60% das emissões ainda vêm da indústria, edifícios e transportes

Análise da Statkraft propõe soluções e cenários, ao avisar que consumo de eletricidade pode crescer mais de 200% até 2050 na UE.

08 Nov 2025 - 09:30

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Foto: Adobe Stock/Leonid

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A Europa entrou numa nova fase da transição energética. Pela primeira vez, a eletricidade gerada a partir do sol e do vento ultrapassou a produzida por carvão e gás, num momento em que o continente bate recordes na expansão destas duas fontes renováveis. De acordo com o relatório “Cenários para a Transição Verde 2025”, apesar dos avanços, permanecem desafios. Cerca de 60% das emissões de CO2 que ainda persistem vêm da indústria, dos edifícios e dos transportes.

O estudo anual da Statkraft diz que nos edifícios a solução passa pela eletrificação e maior eficiência, mas a substituição dos sistemas de aquecimento tem sido lenta, mesmo com a queda no custo das bombas de calor. Quanto aos transportes, os analistas acreditam que os carros elétricos devem tornar-se dominantes, elevando a eletricidade no mix do setor de 2% para 70% até 2050, enquanto o uso do petróleo cai para menos de 2%.

No que concerne à indústria, o estudo descreve que a eletrificação avança, mas as últimas emissões são as mais caras e difíceis de eliminar, exigindo intervenção política. Setores de difícil descarbonização, como o aço, cimento ou transporte de longa distância, necessitam de soluções combinadas e maior apoio regulatório, indicam os especialistas.

O relatório destaca ainda tecnologias emergentes como hidrogénio, biogás e captura e armazenamento de carbono como peças essenciais numa economia neutra em emissões.

Além disso, embora a tendência global aponte para um crescimento contínuo das energias limpas, mesmo num cenário marcado por tensões geopolíticas, o mundo mantém-se no trajeto para um aquecimento de 2,4 °C até ao final do século.

A análise da Statkraft sublinha que, ao acelerar a mudança, os custos das tecnologias verdes continuam a cair. Entre 2025 e 2030, o preço da energia solar deverá recuar em média 25%, a eólica ‘onshore’ 20% e a eólica offshore 5%, tornando a transição para a neutralidade carbónica cada vez mais competitiva. Ao mesmo tempo, a procura de combustíveis fósseis mostra sinais claros de recuo. O carvão já entrou num breve declínio estrutural e tanto o petróleo como o gás deverão atingir o pico de consumo até 2030, ou ainda antes.

Na União Europeia (UE), o consumo de eletricidade pode crescer mais de 200% até 2050, impulsionado pela eletrificação dos transportes, edifícios e indústria. Ainda assim, no cenário mais ambicioso, o consumo total de energia tende a diminuir, graças à maior eficiência.

Com um sistema cada vez mais dependente do clima, a estabilidade energética exigirá maior flexibilidade, com mais baterias, redes interligadas, hidrogénio, barragens adaptáveis e consumo inteligente, explica o relatório. A transição avança. O desafio, agora, não está na direção, mas na velocidade.

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