3 min leitura
Fabricantes de camiões pedem à UE metas de emissões mais flexíveis
Scania, Volvo e Daimler Truck alertam Bruxelas para dificuldades em cumprir objetivos climáticos devido aos custos e à falta de infraestrutura para camiões elétricos.
30 Out 2025 - 16:55
3 min leitura
Foto: Adobe Stock/Ruslan Ivantsov
- Maria da Graça Carvalho: “Era essencial que chegássemos à COP30 com uma posição firme”
- Conselho Europeu quer simplificar regras para produtos químicos, cosméticos e fertilizantes
- Portgás distinguida pela ONU por reduzir emissões de metano
- Investigadores desenvolvem plataforma para detetar antecipadamente incêndios florestais
- MP arquiva suspeitas de fraude na venda de barragens da EDP à Engie, mas exige 335 milhões em impostos
- Fidelidade Property escolhe Cushman & Wakefield para avaliar riscos climáticos no portefólio imobiliário
Foto: Adobe Stock/Ruslan Ivantsov
Os principais fabricantes europeus de camiões, incluindo a Scania, a Volvo e a Daimler Truck, apelaram à União Europeia (UE) para aliviar as regras de emissões de CO₂ aplicadas ao setor, segundo uma carta enviada à Comissão Europeia e vista pela Reuters.
A indústria enfrenta crescente pressão para reduzir as suas emissões poluentes, mas os camiões elétricos continuam a representar apenas uma pequena parte do mercado, devido aos custos significativamente mais elevados em comparação com os modelos a gasóleo e à escassa rede de carregamentos.
Na carta, datada de 13 de outubro, as empresas pedem alterações ao sistema de créditos da UE, que atualmente recompensa os fabricantes cujas emissões ficam abaixo das metas. Os construtores propõem que os créditos sejam atribuídos por superarem os objetivos principais e não pela progressão anual.
Christian Levin, diretor executivo da Scania e da Traton, descreveu o pedido como “um grito de ajuda”. “Não estamos a dizer que as metas estão erradas… mas vai ser muito, muito difícil cumpri-las”, afirmou Levin, que preside também ao conselho de veículos comerciais da Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA).
Um porta-voz da Daimler Truck acrescentou que, apesar dos fortes investimentos na eletrificação, o setor enfrenta “penalizações draconianas” por incumprimento de metas, mesmo perante fatores externos, como atrasos na produção de baterias e na expansão da infraestrutura de carregamento.
“Atualmente, o melhor seria eliminar estas multas absurdas e, em vez disso, criar um sistema que envolva todos os intervenientes — com incentivos e penalizações justas, para atingirmos as metas em conjunto”, defendeu Levin.
As regras europeias obrigam os fabricantes a reduzir as emissões dos novos camiões em 15% até 2025 e em 90% até 2040, face aos níveis de 2019.
Segundo a Reuters, a maioria das marcas deverá cumprir a meta de 2025 devido a melhorias nos motores a gasóleo e não pelo aumento de venda de veículos elétricos.
A Comissão Europeia ainda não comentou o pedido, embora a presidente Ursula von der Leyen tenha prometido recentemente “medidas concretas” para apoiar os fabricantes de veículos pesados no cumprimento dos objetivos climáticos. Bruxelas está também a considerar um abrandamento nas metas de emissões para automóveis em 2035, após pressão de governos e da indústria automóvel.
- Maria da Graça Carvalho: “Era essencial que chegássemos à COP30 com uma posição firme”
- Conselho Europeu quer simplificar regras para produtos químicos, cosméticos e fertilizantes
- Portgás distinguida pela ONU por reduzir emissões de metano
- Investigadores desenvolvem plataforma para detetar antecipadamente incêndios florestais
- MP arquiva suspeitas de fraude na venda de barragens da EDP à Engie, mas exige 335 milhões em impostos
- Fidelidade Property escolhe Cushman & Wakefield para avaliar riscos climáticos no portefólio imobiliário