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Hidrogénio verde derivado da energia eólica offshore poderá ser a opção mais competitiva para Portugal
LNEG lança primeira análise tecno-económica do potencial de produção de combustíveis de baixo carbono no país. Entidade conclui que produção de HV deverá custar entre 63 e 110 euros por megawatt/hora.
11 Nov 2025 - 14:32
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Foto: Adobe stock/leungchopan
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Pela sua extensa zona costeira, Portugal constitui um elevado potencial de energia eólica ‘offshore’, ao prever-se a instalação de 2 gigawatts de capacidade até 2030. A conclusão é do Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG), que lançou um relatório sobre as possibilidades de conversão da eletricidade proveniente destes parques em hidrogénio verde (HV). A entidade conclui que este composto poderá ser a opção mais competitiva entre os modelos P2X analisados, com custos estimados entre 63 e 110 euros por megawatt/hora.
No primeiro dia da COP30, em Belém do Pará, o secretário-executivo da ONU para o Clima, Simon Stiell, sinalizou a necessidade de descarbonizar as economias, ao sublinhar que “políticas antes impensáveis estão agora a percorrer os mercados, e a mudança está a tornar-se imparável”. No caso português, a LNEG refere que, até à data, ainda não tinha sido conduzida uma análise tecno-económica do potencial de produção de combustíveis de baixo carbono no país.
“O custo de produção do hidrogénio é fundamental para a viabilidade dos outros combustíveis. E este custo depende de fatores como custos de investimento e custos operacionais, em especial o custo da eletricidade para a produção de hidrogénio verde”, indica a investigadora do LNEG, Sofia Simões.
Nesse sentido, a porta-voz do laboratório diz ser “muito importante o número de horas em que as unidades de eletrólise podem operar à máxima capacidade ao longo do ano usando apenas eletricidade de eólica ‘offshore’”. Sofia Simões explica que, “enquanto os custos de investimento não variam substancialmente de país para país, as horas de funcionamento de uma turbina eólica no mar de Portugal são diferentes dos da Alemanha ou Dinamarca. E podem tornar-nos mais competitivos”.
A LNEG acrescenta que a amónia verde poderá tornar-se igualmente competitiva a nível internacional, enquanto o metanol, o SAF (combustíveis sustentáveis de aviação) e o hidrogénio liquefeito serão produzidos a custos mais elevados. A entidade esclarece que a análise considera unicamente custos tecnológicos, sem impostos ou margens de lucro. Teve também em consideração o Plano Nacional de Energia e Clima 2030 (PNEC 2030) e o Plano de Afetação para as Energias Renováveis Offshore (PAER).
Sofia Simões realça ainda os esforços para acelerar a implementação do modelo P2X no país: “A cadeia de valor nacional para o hidrogénio e combustíveis sustentáveis está em crescimento, com pelo menos 130 empresas identificadas neste setor, além de 140 empresas ligadas à energia eólica ‘offshore’”.
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