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Investigadores desenvolvem plataforma para detetar antecipadamente incêndios florestais

Equipa da Universidade de Coimbra analisa dados georreferenciados e multimodais, para apoiar decisões de profissionais antes ou durante o combate a um incêndio.

05 Nov 2025 - 16:08

3 min leitura

Foto: Unsplash

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Uma equipa de investigadores do Departamento de Engenharia Informática (DEI) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) está a desenvolver, no âmbito de um projeto europeu, uma plataforma que pretende apoiar na prevenção e deteção precoce de incêndios.

O projeto “SenForFire – Cost-Effective Wireless Sensor Networks for Forest Fire Prevention and Early Detection”, financiado pelo Programa Interreg Sudoe da União Europeia e que envolve Andorra, Espanha, França e Portugal, tem vindo a trabalhar no desenvolvimento e demonstração de redes de sensores sem fios, de baixo custo, para medir parâmetros meteorológicos e ambientais relevantes para a avaliação de risco de incêndios florestais em municípios e comunidades locais em áreas de alto risco de incêndio.

“A nossa contribuição para este projeto passa pela análise inteligente dos dados, que são georreferenciados e multimodais, ou seja, de vários tipos de sensores e vários tipos de fontes, de modo a criar suporte a decisões que venham a ser tomadas, quer por bombeiros, quer por uma Câmara Municipal, antes ou durante o combate a um incêndio”, explica Catarina Silva, professora do DEI, investigadora do Centro de Informática e Sistemas da UC (CISUC) e coordenadora do projeto.

Em Portugal, o caso de estudo está localizado no Fundão, onde estão instalados os sensores desenvolvidos no âmbito do projeto. Os dados recolhidos (temperatura, humidade, gases, etc.) estão integrados num sistema The Things Stack, armazenados numa base de dados temporal e analisados por modelos inteligentes que identificam precursores de incêndios, permitindo alertas antecipados de risco de incêndio.

“Para além dos dados ambientais, o sistema incorpora informação geoespacial e topológica (satélites, relevo, declives, ocupação e uso do solo, histórico de incêndios), aumentando, assim, a precisão da avaliação de risco”, destaca Cidália Fonte, docente do Departamento de Matemática da FCTUC e investigadora do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores de Coimbra (INESC Coimbra).

Com parceiros em Andorra, Espanha, França e Portugal, incluindo municípios, universidades e empresas, este projeto visa não só a investigação, mas também a industrialização da tecnologia para apoio direto a autoridades locais.  O principal objetivo é oferecer uma maior capacidade aos municípios e bombeiros para prevenir incêndios florestais, através de dados e previsões robustas, acessíveis e atualizadas.

“Os resultados preliminares mostram que os modelos conseguem prever o risco de incêndio. Esperamos, futuramente, fornecer ferramentas proativas de prevenção e gestão de meios, com maior detalhe e resolução espacial”, conclui a equipa de investigadores.

A equipa de investigadores da FCTUC inclui Alberto Cardoso, Bernardete Ribeiro, Catarina Silva, Cidália Fonte, Filipe Araújo e Jacinto Estima.

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