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Marca de roupa infantil aposta na circularidade e longevidade das peças

Avaliação do ciclo de vida dos produtos é um dos maiores desafios para a Play Up que, até 2030, quer subir a percentagem de matérias-primas recicladas de 71% para 80%.

19 Out 2025 - 09:44

4 min leitura

Foto: cedida por Play Up

Foto: cedida por Play Up

A marca de vestuário infantil Play Up tem investido na circularidade e na redução da pegada ecológica das suas peças. Desde o seu processo de ‘rebranding’ em 2017, a sustentabilidade tornou-se um dos pilares centrais da empresa, orientando todas as fases do ciclo de vida dos seus produtos, do design à produção, da distribuição ao reaproveitamento das peças. É através de uma loja em segunda mão que recebem peças que já não são utilizadas pelas crianças. Atribuem-lhes um valor para a compra de novos artigos, de forma a prolongar o seu ciclo de vida.

Para a nova coleção Outono/Inverno, denominada “Playful Pigments”, a marca diz que as peças foram desenhadas com foco na longevidade, pois grande parte provém de um material único para facilitar o processo da reciclagem. A empresa quer manter o compromisso com a sustentabilidade, com 45% das peças feitas de algodão orgânico e 70% de fibras recicladas.

A coleção inclui peças em denim 100% algodão, explica a diretora criativa da marca ao Jornal PT Green. São “finalizadas com um tratamento especial que reduz significativamente o consumo de água e energia em comparação  com os processos convencionais. Utilizámos um processo de branqueamento com lavagem enzimática a baixa temperatura, que elimina o uso de produtos químicos nocivos”, ilustra Susana Correia. O procedimento é ainda realizado a seco, o que diminui o consumo de recursos e aumenta a durabilidade das peças.

Apesar destes avanços, a marca reconhece que o caminho não é isento de desafios. “A oferta de matérias-primas e processos mais limpos ainda é muito limitada e, muitas vezes, os preços não são suportáveis”, refere a responsável. A avaliação do ciclo de vida dos produtos, da origem da fibra até ao acabamento, é uma das maiores dificuldades, tanto pela dimensão dos dados exigidos como pela complexidade da implementação.

Ao longo dos anos, a Play Up assegura ter construído uma rede de fornecedores certificados, com quem mantém uma relação de confiança, para garantir o cumprimento dos padrões GOTS e GRS. Susana Correia diz que, antes de qualquer decisão, “conferimos sempre os certificados destes fornecedores, para comprovarmos que as matérias-primas escolhidas cumprem com os requisitos das normas que pretendemos”.

O impacto financeiro também é significativo. “Para garantir uma produção sustentável, são necessários maiores investimentos, quer a nível de matérias-primas, fornecedores certificados, escolha de acessórios, entre outros”, admite Susana Correia. Ainda assim, a empresa acredita que a aposta compensa: “Optar por um caminho sustentável confere-nos visibilidade e diferenciação num mercado que está cada vez mais informado”.

O compromisso com a circularidade materializa-se em iniciativas concretas, como a loja de segunda mão e o programa Take Back, que recolhe peças usadas para lhes dar uma nova vida. Em três anos, já reeberam mais de 800 peças, das quais 550 voltaram a ser usadas por outras crianças.

Com o olhar voltado para o futuro, a Play Up definiu um conjunto de metas a alcançar até 2030: publicar um relatório de sustentabilidade; implementar o Passaporte Digital do Produto; aumentar o número de certificações ambientais e sociais na cadeia de valor; elevar a percentagem de matérias-primas recicladas de 71% para 80%; e ampliar a receita da loja de segunda mão de 0,5% para 2%.

“Queremos ter um papel ativo na preservação do planeta e estamos convictos de que isso só é possível se investirmos num modelo de gestão assente na circularidade”, conclui a diretora criativa.

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