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Menos de um terço das empresas cotadas divulga informações de sustentabilidade a nível global

Porém, este terço representa 91% do valor das empresas cotadas, com a Europa e os Estados Unidos a liderarem o ranking, segundo uma nova análise da OCDE.

03 Nov 2025 - 07:38

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Foto: Pexels

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Em 2024, menos de um terço das empresas cotadas divulgou informações de sustentabilidade em termos absolutos. No entanto, estas empresas representam 91% do valor total das empresas cotadas, evidenciando que a maioria das grandes companhias já adota práticas de transparência ambiental, social e de governação (ESG, na sigla em inglês). A Europa lidera com 98% do valor de mercado coberto, seguida pelos Estados Unidos, com 93%.

Os dados são avançados num novo relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), que mostra que a sustentabilidade corporativa tem vindo a ganhar relevância, sobretudo na Europa onde as regras de reporte assim o obrigam.

Segundo o ‘Relatório Global da OCDE sobre Sustentabilidade Corporativa 2025’, existem duas formas de medir a divulgação de informação de sustentabilidade: por capitalização de mercado e por número absoluto de empresas. Quando se olha para a capitalização de mercado, que pondera cada empresa pelo valor total das suas ações, verifica-se que 91% do valor total das empresas cotadas já divulga informações ESG. Por outro lado, quando se analisa o número absoluto de empresas, ou seja, contando cada empresa igualmente independentemente do tamanho, menos de um terço das empresas cotadas reporta estes dados, o que demonstra que muitas empresas menores ainda não divulgam informação sobre sustentabilidade.

Entre as regiões analisadas, a Europa lidera, com 98% do valor das empresas a reportar informações ESG, seguida da Ásia-Pacífico desenvolvida (excluindo os EUA), com 94%, e dos próprios Estados Unidos, com 93%. Para a OCDE, esta tendência demonstra que as grandes empresas estão a assumir cada vez mais responsabilidades na divulgação de práticas sustentáveis, enquanto muitas pequenas empresas ainda ficam de fora.

O relatório evidencia ainda que a verificação das informações de sustentabilidade se está a tornar cada vez mais comum, mesmo em mercados onde não há exigências regulamentares. Em 2024, mais de 5.000 empresas (81% da capitalização do mercado) que divulgaram informações ESG tiveram os seus dados confirmados por prestadores externos, sendo que a maioria recorre a verificações limitadas, enquanto uma minoria utiliza verificações mais rigorosas. Mais de metade das verificações é realizada por auditores, garantindo maior fiabilidade das informações.

Outro ponto relevante é o papel dos investidores institucionais na transição climática. Atualmente, estes investidores detêm 47% de toda a ação pública e mantêm participações significativas tanto em empresas altamente poluentes como em líderes de tecnologia verde. Detêm 36% do capital nas 100 empresas que mais emitem gases com efeito de estufa e 37% nas 100 principais detentoras de patentes verdes, mostrando que podem influenciar significativamente o rumo das empresas em direção a práticas mais sustentáveis

Conselhos de administração supervisionados em sustentabilidade

No que diz respeito à supervisão corporativa, o relatório mostra que 70% das empresas por capitalização de mercado incluem questões relacionadas com o clima na supervisão do conselho de administração, um aumento face a 53% em 2022.

Além disso, dois terços das empresas têm comités dedicados à gestão de riscos ESG e a percentagem de empresas que ligam a remuneração de executivos a fatores de sustentabilidade subiu de 60% para 67%, indicando uma crescente integração destes critérios na governança corporativa.

Para reforçar a sustentabilidade corporativa, a OCDE recomenda várias ações neste relatório. Nomeadamente, aumentar a interoperabilidade entre quadros de divulgação ESG, incentivar empresas estatais a liderar pelo exemplo, promover governação corporativa que apoie o envolvimento ativo dos acionistas e melhorar o financiamento de projetos de energia verde.

O relatório conclui que, embora as grandes empresas estejam a avançar significativamente na transparência e responsabilidade ESG, ainda existe um longo caminho a percorrer para que a maioria das pequenas e médias empresas também adotem práticas de sustentabilidade de forma consistente.

 

 

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