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Mexilhões de pequeno calibre estão a ser transformados em energia verde
Bivalves eram considerados desperdício, dado que entre 6 mil e 12 mil eram frequentemente devolvidos ao mar ou deixados a apodrecer na costa francesa.
15 Out 2025 - 08:10
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Através do processo de metanização, um projeto está a transformar pela primeira vez mexilhões de pequeno calibre em energia verde, na região francesa da Bretanha. Os moluscos eram antes considerados desperdício, segundo a Direção-Geral dos Assuntos Marítimos e das Pescas (DG MARE) da Comissão Europeia. O novo método produz gás metano, uma energia renovável, a partir de materiais orgânicos.
No passado, os pequenos mexilhões representavam 20% da colheita anual dos produtores da costa francesa. Entre 6 mil e 12 mil eram frequentemente devolvidos ao mar ou deixados a apodrecer. Neste contexto, as autoridades ambientais têm pressionado o setor a adotar cadeias de valorização totalmente reestreáveis, em vez de abandonar o despejo a céu aberto, até 2025-2026.
Com financiamento do Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas e de iniciativas regionais, o projeto permite seguir práticas sustentáveis, gerir resíduos a nível local e ecológico e reduzir os custos do transporte. As conchas do molusco podem ainda ser reaproveitadas como fertilizantes agrícolas ou ração animal, de modo a criar um sistema circular e a valorizar materiais que, de outra forma, seriam desperdiçados.
Os produtores de mexilhões, as autoridades locais e os investigadores científicos desenvolveram, em resposta, uma unidade móvel de processamento que pode ser instalada diretamente nas explorações aquícolas, excluindo a necessidade de transporte dispendiosa e prejudicial ao ambiente. “Não queremos percorrer 1 km para 1 kg de mexilhões; o objetivo é integrar esta nova prática no modo de funcionamento da profissão”, explica o diretor de Instalações da Cultimer, Jean-Marie Grosmaitre.
O diretor da empresa produtora de mexilhões adiciona: “Fomos contactados por autoridades locais para recolher resíduos domésticos e de restauração de origem animal. Há, portanto, um verdadeiro potencial de desenvolvimento em larga escala, muito para além da produção de mexilhões”.
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