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Ocean Winds ganha direitos para desenvolver parque eólico flutuante no Mar Céltico
Joint-venture da EDP e da Engie ganhou os direitos de arrendamento do leito marinho para construir um parque eólico flutuante de 1,5 gigawatts ao largo da costa do País de Gales e do sudoeste de Inglaterra.
20 Nov 2025 - 07:20
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A Ocean Winds, joint-venture entre a portuguesa EDP Renováveis e a francesa Engie, deverá receber os direitos para desenvolver um terceiro parque eólico offshore flutuante no Mar Celta, ao largo da costa do País de Gales e do sudoeste da Inglaterra, informou a The Crown Estate britânica nesta quarta-feira.
Segundo a entidade governamental que administra o património do Reino Unido, o projeto vai impulsionar a transição energética do território e aumentar o potencial de crescimento económico na região.
A notícia surge após o leilão da Offshore Wind Leasing Round 5, realizado em junho, que atribuiu os direitos para dois dos três locais à Equinor e à Gwynt Glas, que assinaram acordos de concessão para os respetivos projetos em outubro.
Após o leilão, a The Crown Estate afirmou que garantiria a concretização da capacidade total potencial — até 4,5 GW — da Ronda 5 através da atribuição de um terceiro local.
Desde então, a The Crown Estate refere que tem vindo a “trabalhar ativamente” com o mercado para garantir um promotor para esse terceiro local, tendo a Ocean Winds sido selecionada através de um processo de adjudicação direta.
A entidade britânica destaca que a Ocean Winds é líder mundial em tecnologia flutuante, tendo desenvolvido o primeiro parque eólico flutuante semissubmersível do mundo, o WindFloat Atlantic, em Portugal, em 2020, e possui um historial comprovado no Reino Unido, incluindo os projetos Moray East e Moray West.
A empresa junta-se assim à Equinor e à Gwynt Glas no desenvolvimento de alguns dos maiores parques eólicos flutuantes do mundo, com capacidade total suficiente para alimentar mais de quatro milhões de lares.
“Estamos orgulhosos por sermos selecionados para os direitos de desenvolvimento deste local estratégico. Com mais de uma década de experiência pioneira em tecnologia eólica flutuante e uma capacidade comprovada de entregar projetos de fundação fixa rapidamente, estamos confiantes na nossa capacidade de entregar este projeto flutuante de escala comercial. O projeto trará benefícios substanciais para o Reino Unido e terá um papel vital na transição energética”, refere Craig Windram, CEO da Ocean Winds.
Como parte do concurso da Ronda 5, os candidatos tiveram de apresentar planos para criar benefícios em terra associados ao desenvolvimento dos novos parques eólicos.
A Ocean Winds estará sujeita às mesmas condições, sendo que estudos indicam que a entrega total da Ronda 5 poderá resultar na criação de mais de 5 000 empregos e gerar um impacto económico de £1,4 mil milhões, equivalentes a cerca de €1,60 mil milhões.
A Ocean Winds terá também de indicar quais os portos que pretende utilizar para apoiar a montagem final e instalação das turbinas flutuantes, tendo já sido identificados anteriormente Port Talbot e o Porto de Bristol como potenciais localizações.
A Ocean Winds e a The Crown Estate irão agora trabalhar na finalização de um Acordo de Concessão (“Agreement for Lease”), cuja conclusão está prevista para a Primavera de 2026.
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