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Plataforma contesta central fotovoltaica Sophia prevista para distrito de Castelo Branco
A central abrange os concelhos do Fundão, Idanha-a-Nova e Penamacor. Representa um investimento de cerca de 590 milhões de euros e terá uma capacidade instalada de 867 megawatt-pico.
18 Nov 2025 - 16:21
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Uma plataforma cívica de Évora contesta a instalação de uma central solar fotovoltaica prevista para três concelhos do distrito de Castelo Branco, por considerar que o projeto apresenta impactos ambientais e patrimoniais.
Em comunicado, divulgado nesta terça-feira, a plataforma cívica “Juntos pelo Divor – Paisagem e Património” revelou ter participado na consulta pública do projeto desta central, que abrange os concelhos do Fundão, Idanha-a-Nova e Penamacor, distrito de Castelo Branco.
“Parece-nos inaceitável que o promotor ignore a vocação estratégica desta região do interior, plasmada nos esforços que têm vindo a ser feitos pelas populações residentes e as suas associações”, lê-se no texto da participação na consulta pública.
Segundo esta plataforma cívica, os esforços visam transformar o território “num local com valores ambientais e patrimoniais reconhecidos por instâncias nacionais e internacionais e potencialidades únicas para a promoção da qualidade de vida”.
Aludindo a “pilares de desenvolvimento regional sustentável e identitário”, a “Juntos pelo Divor” destaca o GeoPark Naturtejo, as redes das aldeias Históricas, de Montanha e de Xisto e das Cidades Criativas da UNESCO e o Parque Natural do Tejo Internacional.
A Central Solar Fotovoltaica Sophia, que representa um investimento de cerca de 590 milhões de euros, terá uma capacidade instalada de 867 megawatt-pico (MWp) e uma produção anual prevista de 1.271 gigawatt-hora (GWh).
O projeto desta central e das linhas de muito alta tensão associadas, promovido pela Coloursflow – Unipessoal, LDA, está em consulta pública, até quinta-feira, no portal Participa.
No texto da sua participação na consulta pública, a plataforma cívica de Évora diz não compreender nem concordar que se continue a aceitar a submissão de projetos deste género “sem que esteja publicado o anunciado [pelo Governo] mapa verde”.
“Embora este mapa não seja vinculativo nem restritivo, convém acentuar que se trata de um projeto que irá, no mínimo, configurar um aconselhamento e deverá ser entendido como um instrumento útil para os promotores, no que respeita às áreas que se consideram mais aptas a receber projetos fotovoltaicos”, realça.
A “Juntos pelo Divor” considera que, nesta região, “são possíveis projetos de parques solares fotovoltaicos com uma dimensão que não prejudique a biodiversidade, a paisagem, o património e a qualidade de vida das populações”.
Para isso, salienta, é necessário que as centrais solares sejam instaladas “prioritariamente em zonas degradadas, industriais ou já artificializadas e nunca áreas rurais vivas e com ecossistemas sensíveis”.
“Projetos como a da Central Fotovoltaica Sophia são, como tantos outros similares, indefensáveis”, sublinha, manifestando preocupação com o que considera ser “a leviandade com que se viola o princípio da precaução ambiental”.
A plataforma pede, por isso, a reprovação deste projeto, nestes moldes, com esta dimensão e localização.
Recorde-se que, nesta segunda-feira, a associação ambientalista Quercus alertou para os “impactos graves” do projeto da central solar fotovoltaica Sophia, referindo que irá afetar áreas sensíveis e de elevado valor ecológico.
Agência Lusa
Editado por Jornal PT Green
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