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Soluções baseadas na natureza são cruciais para reduzir risco de incêndios florestais na Europa

Agência Europeia do Ambiente revela que a Europa tem respondido sobretudo através de medidas de emergência e no combate incêndios em vez de investir na prevenção e recuperação.

03 Nov 2025 - 14:15

3 min leitura

Foto: Freepik

Foto: Freepik

Para que se verifique uma redução do risco crescente de fogos florestais nos países europeus são necessárias soluções baseadas na natureza, defende a Agência Europeia do Ambiente (AEA) numa publicação divulgada nesta segunda-feira. Conclui ainda que este método serve ainda para tornar as florestas mais resilientes às alterações climáticas. A agência alerta que “sem uma maior atenção à prevenção e restauração, a gestão dos incêndios tornar-se-á cada vez mais difícil”.

Desde o início do século que ardem anualmente, em média, 3 770 km² nos 32 países integrados na AEA – o equivalente ao tamanho da ilha de Maiorca ou 9 vezes o tamanho da cidade de Copenhaga. Este fenómeno tem-se verificado mais intenso e frequente tanto nas regiões propensas a incêndios, como o Mediterrâneo, tal como em zonas do noroeste europeu que antes eram menos afetadas.

A agência indica que outra agravante é 7,4 % da superfície da Europa situar-se em locais onde os aglomerados populacionais se encontram em áreas com vegetação silvestre predisposta a fogos.

Este cenário ameaça os ecossistemas florestais da Europa que, segundo a AEA, “prestam serviços cruciais, incluindo a produção de madeira, o armazenamento de carbono e a regulação do clima – todos eles gravemente perturbados pelos incêndios”.

O documento explica que a Europa tem respondido sobretudo através de medidas de emergência e no combate aos incêndios. Ou seja, tem tentado remediar em vez de prevenir e recuperar.

A AEA propõe uma silvicultura que ajude a diminuir os riscos através da gestão das cargas combustíveis por meio do pastoreio, da agrossilvicultura, da gestão da madeira morta e da queima controlada. Defende que uma abordagem próxima da natureza incentiva a diversidade espécies, idades e estruturas florestais, tornando as florestas mais resilientes e menos propensas a desastres.

“A gestão pós-incêndio requer uma restauração abrangente, incluindo a regeneração natural ou assistida, a reflorestação com espécies diversas e a reabilitação do solo e hidrológica. A diversificação das paisagens e das espécies arbóreas também aumenta a resiliência a outras ameaças relacionadas com o clima, tais como surtos de pragas”, pode ler-se no resumo.

A AEA acredita ainda que as soluções com base na natureza devem ser sempre talhadas às condições e riscos locais, tal como aos contextos de governação e socioeconómicos. Nesse sentido, declara que o “envolvimento precoce das partes interessadas é crucial para evitar conflitos, por exemplo, entre interesses económicos e objetivos de conservação da natureza, e para garantir o sucesso a longo prazo na implementação destas soluções”.

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