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Apenas 42% dos municípios portugueses vão cumprir redução de emissões definida para 2030
ODSlocal notou que 38% das localidades evidenciam uma “tendência negativa”, ao projetarem-se para 2030 emissões superiores às de 2015, mesmo com redução global de 23% dos GEE registada entre 2015 e 2023.
17 Nov 2025 - 11:31
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Até 2030, apenas 42% dos municípios portugueses vão chegar à meta de redução de emissões compatível com o Acordo de Paris, uma trajetória prevista na última análise da ODSlocal. A apresentar uma dinâmica considerada “excelente” pela plataforma contam-se só 10% das localidades e com uma atuação “positiva” são só 9%. Em contrapartida, 38% evidenciarem uma “tendência negativa”, ao projetarem-se para 2030 emissões superiores às de 2015, nomeadamente no Norte e Sul do país, bem como na Madeira e Açores.
Esta trajetória é calculada com base na redução global de 23% das emissões de gases de efeito de estufa (GEE) que Portugal registou entre 2015 e 2023. Neste enquadramento, os dados mostram que “Portugal está a progredir, mas ainda com fortes assimetrias territoriais”, salienta a ODSlocal. A plataforma disponibiliza agora informação para cada município identificar onde é que deve acelerar políticas locais, promover a mobilidade sustentável, apoiar a transição agrícola e fomentar a eficiência energética e a gestão de resíduos.

Figura ODSlocal – Situação previsível em 2030 da emissão GEE por município.
O indicador “Emissão de gases de efeito de estufa”, com a recente atualização, passa a incluir os principais GEE derivados de setores como o energético, transportes, pecuária, florestal, industrial, resíduos e agrícola. Vão ser oficialmente apresentados no novo visualizador interativo de emissões, durante a Conferência ODSlocal’25 – “Horizontes de Inovação: Alcançar os Objetivos”, a 21 de novembro, no Cadaval.
A par do Relatório da Agência Portuguesa do Ambiente publicado em agosto, a ODSlocal diz que o decréscimo das emissões nacionais de CO2 deve-se, sobretudo, à descarbonização do setor energético. Por sua vez, foram responsáveis por 89% do total das emissões os setores dos transportes (50%), da indústria (28%) e da energia (11%).
Já as emissões de metano atingiram 360 quilotoneladas (kt), tendo como fontes principais a agricultura (49%) e os resíduos (47%), enquanto o óxido nitroso somou 13 kt, associado sobretudo à atividade agrícola (61%). À imprensa a ODSlocal refere que os “resultados confirmam o progresso estrutural na transição energética em Portugal, mas também o peso persistente de setores geograficamente dispersos, como a agricultura, na trajetória global das emissões”.
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