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Autoridade Europeia dos Seguros quer ferramenta para avaliar risco de catástrofes naturais em edifícios
Proposta prevê um sistema de pontuação e medidas de prevenção para ajudar proprietários a reduzir vulnerabilidades e enfrentar o aumento de fenómenos extremos. EIOPA prevê que, sem medidas, o seguro em determinadas zonas poderá tornar-se indisponível
04 Dez 2025 - 11:58
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Foto: Freepik
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A Autoridade Europeia dos Seguros e Pensões Complementares de Reforma (EIOPA, na sigla inglesa) propõe a criação de uma ferramenta europeia de sensibilização e prevenção do risco de catástrofes naturais, destinada a apoiar proprietários de habitações e empresas na redução da vulnerabilidade dos edifícios face a fenómenos meteorológicos extremos.
A iniciativa surge num contexto de intensificação de tempestades, inundações, secas e incêndios florestais, numa Europa que se destaca como o continente que aquece mais rapidamente, resultando em mais desastres naturais como tempestades, inundações, secas e incêndios florestais.
A ferramenta, denominada PROTECT, seria acessível a todos os cidadãos europeus e apresentaria um sistema de pontuação de risco. Além disso, disponibilizaria recomendações práticas de prevenção antes, durante e após eventos extremos, informações sobre aspetos relevantes de seguros, como exclusões, limites e franquias, e dados sobre o possível impacto positivo das medidas preventivas nos prémios.
“À medida que estes riscos climáticos aumentam, famílias e empresas enfrentam danos mais elevados e podem ver os prémios de seguro aumentar significativamente. Sem medidas decisivas, o seguro em determinadas zonas poderá tornar-se inacessível ou mesmo indisponível, com consequências graves para as comunidades e economias locais. Reforçar a sensibilização para os riscos de catástrofes naturais e promover medidas preventivas é essencial para evitar este cenário”, refere a EIOPA em comunicado.
Sensibilizar a população
A EIOPA defende que é necessário sensibilizar a população para a sua exposição aos riscos climáticos. “Quando combinada com orientações claras e práticas sobre como reduzir riscos, essa sensibilização pode impulsionar a ação e desempenhar um papel fundamental na redução do défice de proteção seguradora na Europa”, esclarece.
Embora exista uma grande variedade de ferramentas de sensibilização, a Autoridade Europeia refere que nenhuma disponibiliza dados para toda a Europa e poucas reúnem num só local conselhos de mitigação, soluções práticas e acionáveis ou explicações sobre o impacto destas medidas na cobertura de seguros. “Uma ferramenta intuitiva, fácil de utilizar e envolvente, que transforme a sensibilização em ação concreta, poderia fazer uma diferença significativa”, defende a EIOPA.
A utilização do PROTECT poderia ser integrada em momentos-chave, como a compra ou construção de imóveis ou a contratação de seguros. Embora não elimine os riscos climáticos, a EIOPA considera que a ferramenta pode reforçar a resiliência das famílias, empresas e comunidades, apoiar melhores decisões e promover a disponibilidade e acessibilidade de seguros privados.
Recorde-se que o CEO da Generali Tranquilidade, Pedro Carvalho, alertou recentemente no decorrer da primeira conferência do Jornal PT Green dedicada à “Green Finance” que os riscos climáticos estão a tornar alguns projetos agrícolas em determinadas zonas em Portugal difíceis de segurar. “Em algumas zonas agrícolas portuguesas já não se consegue fazer seguros de colheitas”, referiu Pedro Carvalho na altura.
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