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Bruxelas injeta 600 milhões em nova vaga de infraestruturas verdes na Europa
Setenta projetos em 24 países avançam na rede transeuropeia de transportes com carregadores rápidos, hidrogénio e portos verdes. Portugal está na lista, com iniciativas em Sines e um projeto da Mota-Engil.
18 Nov 2025 - 16:56
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Foto: Freepik
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A União Europeia (UE) vai apoiar 70 projetos em 24 países com mais de 600 milhões de euros em subvenções para acelerar a eletrificação e a descarbonização dos transportes na rede transeuropeia (RTE-T). O pacote, financiado pelo Mecanismo Interligar a Europa (MIE), abrange a implementação de infraestruturas de abastecimento de combustíveis alternativos, como estações de recarga elétrica, abastecimento de hidrogénio, eletricidade e de amoníaco e metanol.
O investimento prevê a instalação de mais de mil pontos de carregamento elétrico para veículos ligeiros, com uma capacidade de 150 kW, dois mil para pesados (350 kW) e 586 carregadores de 1 MW. Nos aeroportos, 16 infraestruturas vão eletrificar serviços de assistência em escala, de modo a reduzir as emissões na aviação.
A expansão da economia do hidrogénio inclui 38 novas estações de reabastecimento para automóveis, camiões e autocarros. Já 24 portos marítimos receberão tecnologias mais limpas, como fornecimento de energia em terra (OPS), eletrificação de serviços e instalações para abastecimento de amoníaco e metanol.
Um dos projetos na lista de financiamento é o “EcoMiles” da Mota-Engil, que poderá receber mais de 2 milhões de euros para a instalação de 30 parques acessíveis ao público, divididos entre 74 pontos de recarga a 150 kW e 20 a 350 kW, ao longo da rede rodoviária RTE-T em Portugal e Espanha, para ligeiros e pesados.
Outro projeto com incidência em Portugal é o Madoqua Green Fuels Terminal, que deverá receber mais de 14 milhões de euros para a implantação de infraestruturas portuárias melhoradas para o abastecimento de amoníaco no porto de Sines.
O comissário para os Transportes Sustentáveis, Apostolos Tzitzikostas, sublinha que o financiamento torna “a transição para a mobilidade de emissões zero mais fácil e acessível”. A diretora da Agência de Execução Europeia do Clima, das Infraestruturas e do Ambiente – CINEA, Paloma Aba Garrote, lembra que, desde 2021, já foram atribuídos 2,5 mil milhões de euros a projetos de combustíveis alternativos, sinal da “ambição europeia” para uma mobilidade limpa.
Os projetos agora selecionados, aprovados pelos Estados-membros a 13 de novembro, seguem para decisão formal da Comissão e posterior assinatura de acordos de subvenção. O terceiro prazo do MIE será cancelado por falta de verbas, mas Bruxelas prepara um novo programa e convocatória nos próximos meses.
O pacote MIE 2024-2025 dispunha de mil milhões de euros, dos quais 600 milhões foram atribuídos a estes projetos. As iniciativas apoiam os objetivos europeus para carregamento elétrico e a hidrogénio definidos nos regulamentos MIE, ReFuelEU Aviation e FuelEU Maritime, bem como no Plano de Investimento em Transportes Sustentáveis.
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