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Comissário Séjourné: “Devemos mostrar flexibilidade em relação à meta de acabar com os carros a combustão interna até 2035”

Vice-presidente para a Prosperidade e Estratégia Industrial da CE alerta que se não houver ação do bloco, em dez anos, os carros produzidos e vendidos na Europa cairão de 13 milhões para nove milhões.

07 Nov 2025 - 13:28

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Foto: Parlamento Europeu | Wikimedia

Foto: Parlamento Europeu | Wikimedia

Face à concorrência da China na indústria automóvel europeia, a União Europeia comprometeu-se em setembro a reavaliar a sua meta de emissões zero até 2035. O vice-presidente para a Prosperidade e Estratégia Industrial da Comissão Europeia (CE), Stéphane Séjourné, proferiu recentemente que o bloco deve procurar estabelecer novas regras e diversificar nas exportações para salvaguardar a produção na Europa. “Somos o único continente que carece de pensamento estratégico em matéria de política industrial”, sinalizou, numa entrevista ao jornal italiano La Stampa. O antigo ministro do Negócios Estrangeiros francês alertou que se a União Europeia (UE) não intervir, em dez anos, os carros produzidos e vendidos na Europa cairão de 13 milhões para nove milhões. “Devemos mostrar flexibilidade em relação à meta de acabar com os carros a combustão interna até 2035”, defendeu.

Na opinião de Séjourné, a Europa de voltar-se para novos mercados para exportar e as empresas devem enfrentar menos burocracia. O comissário deu ainda a entender, conforme a análise da Reuters, que vão haver medidas para evitar fábricas chinesas na Europa. Na entrevista, o eurodeputado admitiu que a Comissão Europeia está a planear anunciar uma nova categoria de automóveis elétricos pequenos e acessíveis para combater a concorrência chinesa e revitalizar o mercado interno, como parte de uma estratégia mais ampla a ser delineada a 10 de dezembro.

Para responder aos apelos que também foram surgindo dos fabricantes do setor de que uma transferência total para elétricos não seria viável, a UE assegurou que deverá rever a meta até ao final do ano, indica a Reuters.

Num tom alarmista, Séjourné ilustrou que, atualmente, “há fabricantes que montam carros chineses na Europa com componentes chineses e pessoal chinês: isso está a acontecer em Espanha e na Hungria. Isso não é aceitável”.

Sobre adotar medidas protecionistas, o comissário confessou que “é necessário introduzir condições ao investimento estrangeiro na Europa”, ao adicionar que as tarifas, no entanto, criariam tensões comerciais e prejudicariam a produção.

Com ainda espaço para abordar a crise das terras raras, setor que a China domina, Séjourné argumentou que Europa deveria considerar novos fornecedores, como o Brasil, o Canadá e países da África. Conforme a Reuters, o eurodeputado acredita que a UE precisa de introduzir restrições ao uso desta matéria-prima, reciclar mais e investir em potenciais locais de extração locais.

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