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Energias solar e eólica crescem mais rápido do que a procura global
Ember conclui que, em 2025, as fontes limpas evoluíram a um ritmo suficiente para responder a toda a nova procura de eletricidade. Prevê também que a produção fóssil estagne pela primeira vez desde a pandemia.
13 Nov 2025 - 07:30
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Foto: Adobe stock/InfiniteFlow
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Nos primeiros três trimestres de 2025, as energias solar e eólica cresceram a um ritmo suficiente para satisfazer toda a nova procura de eletricidade, segundo o último relatório da Ember. A análise mostra que estas fontes não estão apenas a expandir-se, mas estão agora a crescer mais rapidamente do que a própria procura.
A produção solar aumentou 31% e a eólica 7,6%, juntos adicionando 635 TWh, mais do que o aumento global da procura, que foi de 603 TWh. Com este crescimento, as energias renováveis representaram 43% da eletricidade mundial, enquanto os combustíveis fósseis caíram para 57,1%, abaixo dos 58,7% registados no período homólogo de 2024.
O relatório prevê que a produção fóssil não crescerá ao longo de 2025, marcando a primeira estagnação desde a pandemia de Covid-19. A China e a Índia têm impulsionado esta mudança: a produção fóssil caiu 1,1% e 3,3%, respetivamente, graças à conjugação do forte crescimento da solar e da eólica com condições meteorológicas amenas que diminuíram a procura.
A energia solar emerge como principal motor desta transformação, com crescimento três vezes superior ao de qualquer outra fonte. “O crescimento recorde da energia solar e a estagnação dos combustíveis fósseis em 2025 mostram como a energia limpa se tornou a força motriz do setor elétrico”, declarou Nicolas Fulghum, analista sénior de dados na Ember.
Os dados indicam, assim, que a expansão das renováveis não só acompanhou como superou a procura global de eletricidade, abrindo uma nova fase para a transição energética mundial.
Fulghum frisa: “Historicamente um segmento em crescimento, a energia fóssil parece agora estar a entrar num período de estagnação e declínio controlado. A China, a maior fonte de crescimento fóssil, ultrapassou um ponto de viragem, sinalizando que a dependência de combustíveis fósseis para satisfazer a crescente procura de eletricidade já não é necessária”.
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