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EUA procuram fontes alternativas de terras raras na Ásia Central para combaterem dependência da China

“Infelizmente, os anteriores presidentes norte-americanos negligenciaram completamente esta região”, afirmou Donald Trump, durante uma reunião com os homólogos da Ásia Central.

07 Nov 2025 - 18:03

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Foto: Wikimedia/Gage Skidmore

Foto: Wikimedia/Gage Skidmore

Os Estados Unidos ofereceram nesta sexta-feira ao Cazaquistão e Uzbequistão um aumento de investimento em troca de matérias primas, procurando naqueles países da Ásia Central fontes alternativas à China em terras raras.

“Infelizmente, os anteriores presidentes norte-americanos negligenciaram completamente esta região”, afirmou Donald Trump, durante uma reunião realizada quinta-feira em Washington com os homólogos do Cazaquistão, Uzbequistão, Quirguistão, Tajiquistão e Turquemenistão.

O chefe de Estado norte-americano classificou a região como “incrível e extremamente rica”.

Embora a China tenha suspendido hoje, por um ano, as medidas de controlo à exportação impostas a 09 de outubro sobre materiais estratégicos, como terras raras, componentes para baterias de lítio e diamantes sintéticos industriais, Washington optou por garantir alternativas.

Nesse sentido, Trump acordou com o Presidente do Cazaquistão, Kassym-Jomart Tokayev, líder da maior economia da região, a criação de uma empresa conjunta entre a Cove Capital (70%) e a estatal Tau-Ken Samruk (30%) para explorar o maior jazigo de volfrâmio não explorado do mundo, com reservas de 410 mil toneladas.

Tokayev, que descreve os metais de terras raras como “o segundo petróleo”, apostou nesta via para atrair novos investimentos, já que o país possui importantes jazigos de minerais como rubídio, césio, lítio e berílio, além de deter as maiores reservas de volfrâmio e algumas das maiores de urânio e crómio.

Os Estados Unidos e o Cazaquistão assinaram um conjunto de acordos avaliados em mais de 17.000 milhões de dólares (14.700 milhões de euros), que incluem o fornecimento de comboios norte-americanos, 15 aviões Boeing 787-9 Dreamliner, maquinaria agrícola John Deere e, em especial, um projeto de extração de minerais de terras raras.

Além disso, Trump anunciou na rede Truth Social um acordo com o vizinho Uzbequistão para a extração de terras raras, no âmbito do qual o país da Ásia Central prevê investir e realizar compras nos Estados Unidos “no valor de cerca de 35.000 milhões de dólares (30.220 milhões de euros) nos próximos três anos, ultrapassando os 100.000 milhões de dólares (86.350 milhões de euros) na próxima década”.

Segundo informou o gabinete de imprensa do Presidente uzbeque, Shavkat Mirziyoyev, o país, que dispõe de jazigos com mais de 30 tipos de metais, incluindo volfrâmio, molibdénio, lítio e outros, planeia concretizar até 2028 mais de 70 projetos de extração de matérias-primas, avaliados em 1.600 milhões de dólares (1.380 milhões de euros).

Entre os acordos assinados entre Washington e Tachkent figuram a compra de 22 aviões Boeing, componentes automóveis, projetos informáticos e iniciativas ligadas à indústria química.

O Tajiquistão, por sua vez, assinou um acordo com a Boeing para o fornecimento de 14 aviões, enquanto o Turquemenistão e o Quirguistão não comunicaram a assinatura de qualquer acordo.

 

Agência Lusa

Editado por Jornal PT Green

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