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Europa reassegura liderança climática e lamenta ausência dos EUA na COP
Comissário europeu para o Clima: "Estamos a falar da maior economia e do segundo maior emissor mundial, responsável por cerca de 11% das emissões globais. É evidente que isso tem ramificações muito significativas para a diplomacia climática".
04 Nov 2025 - 11:04
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Wopke Hoekstra, comissário responsável pelo Clima | Foto: CE
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Wopke Hoekstra, comissário responsável pelo Clima | Foto: CE
Questionado sobre a decisão dos Estados Unidos de não enviarem representantes de alto nível à próxima Conferência das Partes (COP), o comissário europeu para o Clima reconheceu o impacto político da ausência americana: “Estamos a falar da maior economia e do segundo maior emissor mundial, responsável por cerca de 11% das emissões globais. É evidente que isso tem ramificações muito significativas para a diplomacia climática internacional”. Por outro lado, assegurou que a liderança europeia continua “visível, reconhecida e valorizada” pela comunidade internacional. “O que conta são os resultados e os números apresentados. O nosso compromisso é, à exceção do Reino Unido, o mais ambicioso do mundo”, reiterou.
Após dois dias de reuniões em Toronto sobre política climática internacional, Wopke Hoekstra declarou que a Europa pretende “dar um passo importante” rumo à nova Contribuição Nacional Determinada (NDC, na sigla inglesa) e à meta de redução carbónica em 90% até 2040. Salientou que a proposta europeia é “quase inigualável” no contexto global e reflete “liderança, ambição e realismo”.
Nesta terça-feira, já em Bruxelas para a reunião do Conselho do Ambiente, o comissário sublinhou que o objetivo da Comissão é ligar “ação climática, competitividade e independência”, apontando que este será o grande desafio dos próximos anos. Os governantes da tutela estão num encontro para chegarem a um acordo antes da Conferência de Líderes da COP30, marcada já para quinta-feira.
Confrontado com críticas da China, que o acusou de ser “hipercrítico” face ao plano climático do governo asiático, o comissário respondeu que as metas chinesas ficam àquem do necessário. Ilustrou que, sendo responsável por mais de 30% das emissões globais, Pequim deveria apresentar uma NDC superior a 30%.
Em setembro, a China anunciou que ia cortar apenas entre 7% e 10% das emissões até 2035. “Por mais que eu gostasse que fosse melhor e por mais que eu vá continuar a dialogar com os chineses, nós realmente gostaríamos de ter um número mais alto”, esclareceu Wopke Hoekstra.
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