A Câmara de Faro iniciou os estudos técnicos para identificar as prioridades a executar a curto e médio prazo para solucionar o risco de inundação identificado em 16 zonas da cidade, anunciou nesta segunda-feira a autarquia.

“Iniciou-se um trabalho com prazo previsto de dois meses, que inclui a avaliação técnica do projeto existente para uma das ocorrências e a identificação de medidas de minimização urgentes, passíveis de execução imediata”, lê-se num comunicado no município.

De acordo com a nota, realizou-se no sábado uma visita técnica aos principais pontos críticos de inundação da cidade de Faro, “com o objetivo de identificar soluções prioritárias a executar a curto e médio prazo”.

A visita foi liderada pela vice-presidente da Câmara de Faro, Valentina Calixto, e contou com a participação do professor Poças Martins, da empresa responsável pela gestão de águas e resíduos (Fagar) e da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

Segundo o comunicado, foram avaliadas as 16 zonas de risco de inundação identificadas, locais que exigem “uma intervenção urgente”, sendo uma delas a zona de São Luís, uma das mais afetadas na cidade sempre que há grandes volumes de precipitação.

As medidas de minimização urgentes, passíveis de execução imediata, “permitirão, por fases, reduzir e resolver as ocorrências de inundações nas 16 zonas referidas”, acrescenta a nota.

Num mapa que acompanhava a nota de imprensa estão assinalas 14 áreas afetadas pelas inundações, entre as quais, a Rua de São Luís, o Palácio Belmarço, a Rua Infante D. Henrique, a Avenida 25 de Abril, a Rua Filipe Ferrer, os estacionamentos do Mercado de Faro e do Parque da Pontinha e a Rua Ema Romero Câmara Reis.

O presidente da Câmara de Faro, António Miguel Pina, já tinha avançado no final de outubro, aquando da última inundação, que o município iria decidir até ao final de novembro se irá avançar com um projeto de até 5 milhões de euros para solucionar o problema das inundações na baixa da cidade (zona de São Luís).

Segundo fonte da autarquia, os estudos iniciados agora abrangem não só esta zona mais problemática, mas também intervenções de curto e médio prazo noutras zonas.

Na nota divulgada, foram igualmente sinalizadas as áreas onde ainda existem redes unitárias – em que águas residuais e pluviais se misturam – constituindo um foco de degradação da qualidade da Ria Formosa.

“É, por isso, urgente proceder à implementação de redes separativas e resolver outros problemas sentidos pelos residentes, como maus cheiros e infestações que ocorrem com frequência”, lê-se na nota.

O objetivo é “fasear a execução das intervenções, resolvendo com celeridade os episódios de inundação e, em paralelo, avançar com a implantação da rede separativa”, acrescenta.

Para suportar estas intervenções, será submetida uma candidatura a fundos comunitários, associando-se o Fundo Ambiental como origem de financiamento, disponível para autarquias, refere a Câmara de Faro.

“O objetivo é reforçar o orçamento municipal, criar as melhores condições para a realização das obras e dar resposta a um dos principais problemas que afetam a cidade de Faro”, conclui.

Agência Lusa

Editado por Jornal PT Green