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Investimento da petrolífera sul-africana Sasol em Moçambique alcança 3,4 mil milhões de euros
Nova fábrica inaugurada pelos Presidentes de Moçambique e da África do Sul resulta do Acordo de Partilha de Produção entre Moçambique e a petrolífera, num investimento de mil 866 milhões de euros.
04 Dez 2025 - 07:31
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A Sasol investiu mais de quatro mil milhões de dólares (3,4 mil milhões de euros) em Moçambique nas últimas duas décadas, disse a presidente da petrolífera, reiterando o compromisso de continuar a contribuir para o desenvolvimento nacional.
“Em Moçambique, continuamos comprometidos para o crescimento do nosso negócio e contribuir significativamente para o desenvolvimento do país, como temos feito consistentemente nos últimos 20 anos”, disse Muriel Dube, presidente da petrolífera sul-africana Sasol, durante a inauguração da nova Fábrica de Processamento Integrado (FPI), em Inhambane, no sul de Moçambique.
A fábrica, inaugurada pelos Presidentes de Moçambique, Daniel Chapo, e da África do Sul, Cyeil Ramphosa, resulta do Acordo de Partilha de Produção (PSA) entre Moçambique e a petrolífera, num investimento de mil milhões de dólares (866 milhões de euros).
Como sinal do compromisso da Sasol com Moçambique, Dube destacou o reconhecimento da empresa como um dos “top” três contribuintes pelas autoridades fiscais moçambicanas, nos últimos 5 anos.
“Adicionalmente, nas últimos 2 décadas, investimos mais de quatro bilhões de dólares [3,4 mil milhões de euros] no país e estamos orgulhosos do impacto positivo criado através das nossas operações, investimentos sociais e programas de desenvolvimento de habilidades”, afirmou.
A construção do projeto PSA é, para a dirigente, outro “milestone” na parceria com Moçambique, já que durante a construção da fábrica, a qual a primeira pedra foi lançada em 2022, foram criados “alguns milhares de empregos”, a maioria para pessoas do norte de Inhambane.
“O Nosso programa de investimentos sociais continua a contribuir para fazer uma diferença significativa a nível local, provincial e nacional”, disse, explicando que nas 37 comunidades ao redor do novo empreendimento, dos distritos de Inhassoro e Govuro, foram investidos cerca de 20 milhões de dólares (17 milhões de euros) sob o acordo de desenvolvimento local, desde 2020, e um investimento adicional de 35 milhões de dólares (29,9 milhões de euros) em outros projetos de investimento sociais.
“Em maio, nós fortalecemos o compromisso apoiando o segundo acordo de desenvolvimento local. A próxima fase duplica o nosso investimento (…) a 43 milhões de dólares [36,8 milhões de euros] e expande a cobertura para 70 comunidades ao redor do Govuro, Inhassoro e no distrito de Vilankulo, durante o período de junho de 2025 até junho de 2030, fortalecendo a nossa dedicação ao desenvolvimento sustentável na região”, disse.
Dube assinalou ainda que durante a construção da planta da nova fábrica, a Sasol investiu “significativamente” no treino técnico dos profissionais moçambicanos, “dos operadores de plantas e técnicos de manutenção para jovens engenheiros no início das suas carreiras”, sendo isto, frisou, “essencial para a capacidade do país expandir as suas operações de óleo e gás, mas também para Moçambique se beneficiar dos seus próprios recursos naturais e talentos humanos”.
Na ocasião, Estevão Pale, ministro dos Recursos Minerais e Energia, disse que a construção da unidade integrada de processamento de hidrocarbonetos, com destaque para a produção de gás de cozinha, ocorreu num contexto “particularmente exigente”, destacando, entre outros, a volatilidade internacional dos preços de energia, exigências crescentes da segurança energética e a crescente procura do GPL, bem como os desafios logísticos no período pós-pandemia.
O projeto de PSA preconiza a produção de 53 milhões de megajoules de gás natural por ano, que irá materializar a implementação da Central Térmica de Temane (CTT), e a produção de quatro mil barris de petróleo leve por dia, segundo dados do Governo moçambicano. A CTT terá capacidade para produzir 450 megawatts de energia elétrica e a unidade de processamento 30 mil toneladas anuais de Gás de Petróleo Liquefeito.
Agência Lusa
Editado por Jornal PT Green
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