Portugal vai marcar presença na COP30, em Belém do Pará, no Brasil, entre 10 e 21 de novembro de 2025, com um pavilhão nacional próprio pela primeira vez. O espaço foi desenhado pelo arquiteto Eduardo Souto de Moura, numa parceria entre o Ministério do Ambiente e Energia (MAEn) e a Casa da Arquitectura.

A ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, descreve o pavilhão como “um espaço aberto, de língua portuguesa”, que vai receber iniciativas de empresas, universidades, ONG e projetos de países da CPLP. A inauguração, nesta segunda-feira, contará com um concerto de António Zambujo, sublinhando a dimensão cultural da participação portuguesa na COP30, segundo o comunicado à imprensa. “O fado e a inovação vão encontrar-se sob o mesmo teto”, afirmou, reforçando a ambição de Portugal em ser “um país construtor de pontes […] no clima”.

Souto de Moura, Prémio Pritzker 2011, elogiou a rapidez do processo, raro em obras públicas, e destacou o “gozo” do trabalho num projeto realizado com prazos ajustados. Com 150 m² e duas frentes, o pavilhão é totalmente construído com materiais portugueses e inclui auditório, zona de networking e área técnica. A identidade visual terá uma LED ‘wall’ e mobiliário criado por Souto de Moura e Álvaro Siza.

Esta edição da cimeira do clima é histórica: é a primeira organizada num país de língua portuguesa e coincide com os 10 anos do Acordo de Paris e os 20 anos da entrada em vigor do Protocolo de Quioto.

Ao longo dos 12 dias, o pavilhão vai receber sete eventos diários, dedicados a temas como clima, oceanos, água e energia, além de iniciativas culturais e científicas do universo lusófono.