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Relatório global alerta para “necessidade urgente” de acelerar cortes de metano apesar de progressos desde 2021

Documento apresentado na COP30 mostra avanços na legislação e nas políticas públicas, mas alerta que o mundo continua longe do ritmo necessário para cumprir a meta de reduzir 30% das emissões até 2030.

18 Nov 2025 - 08:32

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Foto: Freepik

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O primeiro ‘Global Methane Status Report’, apresentado no início da segunda semana da COP30, no Brasil, revela que, apesar dos progressos alcançados desde o lançamento do Global Methane Pledge em 2021, que reúne 159 países e a União Europeia, o mundo continua fora do trajeto necessário para cumprir o compromisso de reduzir em 30% as emissões de metano até 2030. O relatório foi produzido pelo Programa das Nações Unidas para o Ambiente (UNEP) e pela Climate and Clean Air Coalition (CCAC).

O documento mostra que as emissões globais de metano continuam a aumentar, mas as perspetivas melhoraram graças a novas regulamentações de resíduos na Europa e na América do Norte e ao abrandamento do mercado de gás natural entre 2020 e 2024. Ainda assim, o relatório avisa que só a aplicação, em larga escala, de medidas comprovadas permitirá fechar a lacuna que separa o mundo da meta estabelecida.

Os ministros presentes na reunião ministerial do Global Methane Pledge apelaram a “ação decisiva”, defendendo que as soluções tecnológicas e políticas já existem, mas precisam de ser rapidamente ampliadas nos setores da energia, agricultura e resíduos. Reforçaram também a necessidade de maior transparência dos países na definição e monitorização das suas metas.

O relatório apresenta várias conclusões-chave: as políticas atuais podem garantir uma redução de 8% até 2030 caso sejam plenamente implementadas — o maior declínio alguma vez registado; mais de 80% do potencial de mitigação até 2030 pode ser alcançado a baixo custo; e 72% desse potencial está concentrado nos países do G20+, que poderiam reduzir as emissões em 36% face a 2020.

Entre os benefícios identificados está a prevenção de mais de 180 mil mortes prematuras e 19 milhões de toneladas de perdas agrícolas anuais até 2030. No setor dos combustíveis fósseis, todo o potencial de mitigação poderia ser implementado com um custo equivalente a apenas 2% das receitas globais do setor em 2023.

“Este relatório é uma avaliação crucial do nosso progresso e um indicador chave do trabalho que é necessário para cumprir a meta do Global Methane Pledge. Em apenas quatro anos, conseguimos melhorias, mas devemos continuar a promover cortes mais rápidos e profundos de metano. Cada tonelada reduzida aproxima-nos de ar mais limpo, comunidades mais resilientes e uma economia global próspera. É importante que todos os países que subscreveram o Global Methane Pledge continuem a trabalhar em conjunto para impulsionar a mitigação do metano, transformando ambição em benefícios concretos para o planeta”, destaca Julie Dabrusin, ministra do Ambiente e Alterações Climáticas do Canadá e co-convocadora do Global Methane Pledge.

Por sua vez, Dan Jørgensen, comissário europeu para a Energia e Habitação, destaca que o
Global Methane Pledge “transformou a ambição em progresso tangível. Em diversos setores e continentes, países e empresas estão a provar que a redução de metano é possível — e traz ar mais limpo, economias mais fortes e um clima mais seguro. A nossa tarefa agora é ampliar rapidamente estas soluções, trabalhando juntos para manter o objetivo de 1,5°C ao alcance e garantir um futuro mais saudável para as pessoas e para o planeta.”

O relatório conclui que as decisões tomadas nos próximos cinco anos serão determinantes para garantir ar mais limpo, economias mais fortes e um clima mais seguro para as próximas gerações.

 

 

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