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Simon Stiell revela que novas NDC vão reduzir emissões em 12% até 2035

No primeiro dia da COP30, o secretário-executivo da ONU focou-se na economia, ao frisar que as energias renováveis são já mais baratas do que 90% das alternativas fósseis.

10 Nov 2025 - 17:38

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O Secretário Executivo da UNFCCC, Simon Stiell, na cerimônia de abertura da 30ª Conferência das Partes (COP30). | Foto: Alex Ferro/COP30

O Secretário Executivo da UNFCCC, Simon Stiell, na cerimônia de abertura da 30ª Conferência das Partes (COP30). | Foto: Alex Ferro/COP30

A COP30 arrancou nesta segunda-feira em Belém, na Amazónia, com um apelo à urgência e à ação. Na primeira conferência de imprensa sobre a aprovação da agenda, o secretário-executivo da ONU para o Clima, Simon Stiell, sublinhou: “Não partimos do zero. O Acordo de Paris está a dar resultados”. Destacou que se está “finalmente a reverter a curva das emissões”. Nessa linha, revelou que os dados mais recentes, enviados às Partes nesta manhã, mostram que as novas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC, na sigla em inglês) vão reduzir as emissões em 12% até 2035.

A mensagem central do discurso apontou para a economia: as energias renováveis são já mais baratas do que 90% das alternativas fósseis, ultrapassaram o carvão como maior fonte energética global e lideram o investimento mundial. “Políticas antes impensáveis estão agora a percorrer os mercados, e a mudança está a tornar-se imparável”, disse, evocando a declaração do presidente chinês, Xi Jinping, de que “a energia limpa é a tendência do nosso tempo”.

Ainda assim, alertou que a transição tem de ser mais rápida e inclusiva. O secretário-executivo lembrou que, para a maioria das populações, a crise climática revela-se no preço dos alimentos, nas faturas da energia e no aumento dos seguros, agravados por secas, inundações e ondas de calor. “As pessoas reconhecem uma promessa vazia quando a ouvem, e sabem que uma energia mais barata e renovável, um ar mais limpo e maior segurança são conquistas pelas quais vale a pena lutar”, argumentou.

O representante da ONU sublinhou “a necessidade de rapidez” no combate ao aquecimento global, lembrando que os impactos já se fazem sentir em todos os países. Stiell citou os exemplos recentes dos supertufões nas Filipinas e no Vietname, defendendo que cada fração de aquecimento evitado significará “milhões de vidas salvas e poupará milhares de milhões de dólares”.

Naquela que é a sua quarta COP à frente da diplomacia climática da ONU, Stiell mostrou-se confiante na capacidade de entendimento entre países: “Construímos o motor. O Acordo de Paris está a levar-nos para a frente. Agora é o momento de carregar no acelerador”.

A COP30 decorre até 21 de novembro e tem como um dos eixos centrais as novas NDC, num momento em que a pressão internacional para acelerar metas climáticas cresce, e o risco de fracasso tem custos cada vez mais altos.

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