3 min leitura
CFO da Volkswagen: “São necessárias discussões políticas” para solucionar crise de ‘chips’ da Nexperia
Problemas de abastecimento surgem após governo holandês comprar Nexperia a uma empresa chinesa, de forma a impedir transferência de tecnologia e conhecimento para o país asiático.
30 Out 2025 - 12:13
3 min leitura
Foto: Unsplash
- Maria da Graça Carvalho: “Era essencial que chegássemos à COP30 com uma posição firme”
- Conselho Europeu quer simplificar regras para produtos químicos, cosméticos e fertilizantes
- Portgás distinguida pela ONU por reduzir emissões de metano
- Investigadores desenvolvem plataforma para detetar antecipadamente incêndios florestais
- MP arquiva suspeitas de fraude na venda de barragens da EDP à Engie, mas exige 335 milhões em impostos
- Fidelidade Property escolhe Cushman & Wakefield para avaliar riscos climáticos no portefólio imobiliário
Foto: Unsplash
O administrador financeiro (CFO) da Volkswagen, Arno Antlitz, disse, nesta quinta-feira, que a solução para os problemas de fornecimento de ‘chips’ da Nexperia é política e não técnica. Na apresentação dos resultados do terceiro trimestre do grupo, numa conferência com analistas, considerou que “são necessárias discussões políticas”.
O comentário do empresário surge no dia em que a China acordou com os EUA adiar o mais recente programa de restrições à exportação de terras raras, depois do encontro entre Donald Trump e Xi Jinping, em Busan, na Coreia do Sul. O controlo a estas matérias estava previsto entrar em vigor já a 8 de novembro, mas os presidentes concordaram adiá-lo por um ano. No entanto, segundo avança a agência Reuters, as limitações anteriores sobre os minerais críticos que afetam o comércio global desde abril permanecem.
Contudo, Arno Antlitz recusou-se a comentar se é a Europa ou os EUA que devem conduzir as conversações.
Em Portugal, a Autoeuropa – fábrica de automóveis de Palmela – admitiu na passada sexta-feira que poderá vir a ser afetada pela falta de semicondutores devido a um problema com o fornecimento da empresa Nexperia, mas adianta que o grupo Volkswagen constituiu uma ‘task-force’ para acompanhar a situação.
O grupo Volkswagen tem garantido, até ao final da próxima semana, a produção na Alemanha das suas marcas VW, Audi, Porsche e veículos comerciais, apesar da escassez de ‘chips’ devido a problemas de abastecimento da empresa holandesa Nexperia, depois de o governo ter assumido o controlo da empresa.
Antlitz acrescentou que as decisões sobre a produção são tomadas semana a semana.
Os problemas de abastecimento da Nexperia, que foi fundada como subsidiária da Philips, mas posteriormente adquirida por uma empresa chinesa, começaram após o governo holandês ter assumido o controlo para impedir a transferência de tecnologia e conhecimento para o país asiático.
Posteriormente, a China interrompeu as exportações de ‘chips’ da Nexperia, que não é um fornecedor direto do grupo Volkswagen, mas alguns dos seus componentes são usados em peças de veículos fornecidas àquele grupo.
Até agora, a escassez de fornecimentos da Nexperia não afetou a produção da Volkswagen na Alemanha. A produção de automóveis nas fábricas alemãs está garantida esta semana. A 31 de outubro a produção será interrompida, mas porque é feriado nos estados federados da Baixa Saxónia e da Saxónia.
Antlitz disse também que têm muita experiência com semicondutores devido à crise de fornecimento de ‘chips’ que ocorreu durante a pandemia.
O administrador do grupo Volkswagen considerou que é demasiado cedo para analisar o efeito que os avanços nas negociações comerciais entre o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o Presidente da China, Xi Jinping, podem ter no fornecimento de ‘chips’.
Jornal PT Green com Agência Lusa
- Maria da Graça Carvalho: “Era essencial que chegássemos à COP30 com uma posição firme”
- Conselho Europeu quer simplificar regras para produtos químicos, cosméticos e fertilizantes
- Portgás distinguida pela ONU por reduzir emissões de metano
- Investigadores desenvolvem plataforma para detetar antecipadamente incêndios florestais
- MP arquiva suspeitas de fraude na venda de barragens da EDP à Engie, mas exige 335 milhões em impostos
- Fidelidade Property escolhe Cushman & Wakefield para avaliar riscos climáticos no portefólio imobiliário