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Energias renováveis em França vão quase triplicar até 2035
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11 Nov 2025 - 07:30
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Foto: Adobe stock/carballo
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França está a acelerar a transição energética e deverá quase triplicar a sua capacidade de produção de eletricidade renovável na próxima década. Segundo a consultora GlobalData, o país passará dos 59,1 gigawatts (GW) em 2024 para 163,1 GW em 2035, um crescimento médio anual de 9,7%.
O impulso virá sobretudo das energias eólica e do solar. A eólica terrestre deverá crescer de 22,9 GW para 36 GW, enquanto a produção eólica no mar dará um salto expressivo: de 1,5 GW para 10,7 GW, graças a novos parques na Normandia e na Bretanha. Já a solar fotovoltaica deverá mais do que triplicar, de 30,5 GW para 111,2 GW, apoiada por painéis em telhados, projetos agrícolas e comunidades de energia.
A energia hídrica e a biomassa continuarão a reforçar o mix, com investimentos na modernização das barragens e pequenas centrais, apoiadas pela Estratégia Nacional para a Energia Hídrica.
Apesar do forte avanço das renováveis, a energia nuclear, pilar do sistema elétrico francês, deverá crescer apenas de forma moderada, passando de 61,4 GW para 63 GW. “O programa Grand Carénage, que visa prolongar a vida útil dos reatores, bem como os planos para seis novos reatores EPR2, garantirão a segurança energética de longo prazo, em conjunto com a expansão das energias renováveis”, explica o analista da GlobalData, Mohammed Ziauddin.
O Governo tem reforçado os incentivos ao investimento, substituindo tarifas fixas por contratos de remuneração competitiva, acelerando a eólica no mar e a modernização das redes elétricas, além de manter um pacote nacional de 7 mil milhões de euros para o hidrogénio.
Nem tudo, porém, avança sem entraves. Projetos eólicos em terra enfrentam oposição local, há atrasos no licenciamento e a rede elétrica está sob pressão em zonas como Occitânia e Nova Aquitânia, onde se concentram muitos parques renováveis.
Ainda assim Ziauddin acredita que, “com a estabilidade nuclear complementada por um rápido crescimento das renováveis, França está bem posicionada para garantir a fiabilidade do sistema elétrico e continuar a avançar rumo a um futuro energético descarbonizado”.
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