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Expedição ao Recife do Algarve revela mais de 40 novas espécies

Resultados preliminares da primeira campanha científica a Pedra do Valado identificam 206 espécies e dão conta do desaparecimento de pradarias marinhas antes descritas.

16 Nov 2025 - 12:10

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Foto: Adobe Stock/NaturePicsFilms

Foto: Adobe Stock/NaturePicsFilms

Uma expedição científica ao Parque Natural Marinho do Recife do Algarve – Pedra do Valado identificou 206 espécies, mais de 40 das quais nunca antes registadas na área protegida. Em contrapartida, foram também detetados sinais de alerta. As pradarias marinhas antes descritas na área desapareceram, possivelmente devido à expansão da alga invasora asiática Rugulopterix okamurae.

A Fundação Oceano Azul, o Oceanário de Lisboa e o Centro de Ciências do Mar (CCMAR) revelaram os primeiros resultados da Campanha Recife do Algarve, realizada entre 2 e 7 de outubro a bordo do veleiro Santa Maria Manuela. As conclusões preliminares destacam a singularidade ecológica da Pedra do Valado, criado em janeiro de 2024 e considerado a primeira Área Marinha Protegida de Interesse Comunitário em Portugal Continental.

Entre as 206 espécies identificadas 137 são invertebrados, 41 peixes, 13 algas, 12 aves marinhas e 3 cetáceos. Mais de 40 constituem novos registos para esta zona. Embora os dados continuem em análise, os responsáveis pela campanha acreditam que estes primeiros resultados confirmam “a riqueza e valor deste ecossistema”.

Um dos elementos mais relevantes é o banco de rodólitos (algas calcárias), o único conhecido em Portugal continental, um habitat essencial para o armazenamento de carbono e para o equilíbrio do oceano, que se encontra “saudável e funcional”, apesar da vulnerabilidade às alterações climáticas. Também os jardins de gorgónias mostram boa condição ecológica e surgiram pela primeira vez registos de novas espécies de profundidade e de corais duros.

A campanha integrou ainda ações de literacia do oceano. Nos primeiros três dias, mais de 720 estudantes e professores e cerca de 80 membros da comunidade local visitaram o navio e participaram em atividades educativas promovidas por entidades científicas, autárquicas e organizações locais. Uma transmissão em direto permitiu igualmente envolver mais de 1.300 alunos de 44 escolas do país.

Os responsáveis sublinham que estes resultados reforçam a urgência de um plano de gestão sustentado pela ciência e de uma monitorização contínua da Pedra do Valado. O parque afirma-se, assim, como “símbolo da união entre ciência, gestão e comunidade, na defesa de um oceano saudável e resiliente”, acrescentam.

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