2 min leitura
Global Reporting Initiative critica recuo do Parlamento Europeu no relato de sustenbildiade corporativa
A decisão de reduzir o número de empresas obrigadas a reportar ao abrigo da CSRD é vista como um retrocesso na transparência e competitividade empresarial, comprometendo a liderança da UE em sustentabilidade.
18 Nov 2025 - 09:54
2 min leitura
Foto: Unsplash
- Câmara de Montalegre dá parecer negativo à exploração mineira na Borralha
- Governo aplica receitas do setor energético para reduzir défice do Sistema Elétrico Nacional
- Global Reporting Initiative critica recuo do Parlamento Europeu no relato de sustenbildiade corporativa
- Consulta pública sobre impacte ambiental de mina em Montalegre com 653 participações
- Relatório global alerta para “necessidade urgente” de acelerar cortes de metano apesar de progressos desde 2021
- Burocracia ambiental bloqueia mais de 1,3 mil milhões de investimento empresarial
Foto: Unsplash
A Global Reporting Initiative (GRI), organização internacional que desenvolve padrões de reporte de sustentabilidade, critica a decisão do Parlamento Europeu de reduzir o número de empresas abrangidas pela Diretiva de Relato de Sustentabilidade Corporativa (CSRD), alertando que a medida pode prejudicar a transparência, a competitividade empresarial e a liderança da União Europeia em sustentabilidade.
O Parlamento Europeu aprovou, a 13 de novembro, o pacote Omnibus – que altera tanto a CSRD como a Diretiva de Diligência Devida em Sustentabilidade Corporativa (CSDDD), elevando os limites mínimos de dimensão e faturação das empresas obrigadas a cumprir a CSRD e a CSDDD.
Para a CSRD, o número mínimo de empregados passa a 1.750 e as receitas anuais a 450 milhões de euros, excluindo a maioria das empresas anteriormente abrangidas. Na CSDDD, o limiar sobe para 5.000 empregados e 1,5 mil milhões de euros em receitas, sendo também eliminada a obrigação de apresentar planos de transição climática.
A GRI considera que a decisão contraria os interesses das empresas e deixa muitas delas sem orientação sobre como satisfazer as expectativas de stakeholders relativamente à sua performance sustentável.
“A posição adotada pelo Parlamento Europeu representa um retrocesso para a UE – e compromete a liderança europeia em matéria de sustentabilidade. Caso esta posição prevaleça, a UE corre o risco de avaliar mal os interesses e necessidades das empresas, que procuram orientar-se para a sustentabilidade como fonte de resiliência e vantagem competitiva”, refere Robin Hodess, CEO da GRI, nesta terça-feira, em comunicado. “A transparência através da divulgação de informação é um meio para alcançar este objetivo. No entanto, o reporte de sustentabilidade em larga escala encontra-se agora em risco”, acrescenta.
Com a redução de 92% das empresas abrangidas pelo CSRD, mantendo apenas o maior escalão de multinacionais, a GRI diz que será mais difícil para investidores, decisores políticos, outros stakeholders e para as próprias empresas acederem aos dados úteis para a tomada de decisões, necessários para apoiar o crescimento sustentável.
- Câmara de Montalegre dá parecer negativo à exploração mineira na Borralha
- Governo aplica receitas do setor energético para reduzir défice do Sistema Elétrico Nacional
- Global Reporting Initiative critica recuo do Parlamento Europeu no relato de sustenbildiade corporativa
- Consulta pública sobre impacte ambiental de mina em Montalegre com 653 participações
- Relatório global alerta para “necessidade urgente” de acelerar cortes de metano apesar de progressos desde 2021
- Burocracia ambiental bloqueia mais de 1,3 mil milhões de investimento empresarial