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Ministros das Finanças querem subir financiamento climático anual para 1,11 biliões de euros
Ainda não existe um plano para integrar o relatório nas negociações da COP30. Círculo de Ministros das Finanças, liderado pelo Brasil, frisa importância do documento para os países em desenvolvimento.
16 Out 2025 - 14:30
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Foto Rafa Neddermeyer/COP30
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Foto Rafa Neddermeyer/COP30
O Círculo de Ministros das Finanças, liderado pelo Brasil, apresentou, na Pré-COP, sugestões para aumentar o financiamento climático para 1,11 biliões de euros por ano. Esta sugestão, feita antes das negociações da Conferência do Clima das Nações Unidas, em Belém, no Brasil, é vista pelo grupo de 35 ministros como fundamental para os países em desenvolvimento.
No primeiro relatório deste tipo, o Círculo de Ministros das Finanças liderado pelo Brasil propõe mudanças em áreas financeiras como notações de crédito, prémios de seguro e prioridades de empréstimo dos bancos de desenvolvimento. O documento, analisado pela Reuters, poderá servir de guia para que os governos e as instituições financeiras aumentem os montantes disponíveis para combater as alterações climáticas.
Em comunicado, os ministros salientam que “cada ano de atraso na ação climática aumenta tanto o investimento necessário como os riscos enfrentados”. Porém, segundo a Reuters, caberá a cada país decidir ou não utilizar o relatório, bem como a forma como o aplica.
À margem das reuniões em Washington do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional, a secretária para os Assuntos Internacionais do Ministério das Finanças do Brasil, Tatiana Rosito, explica que querem “mesmo integrar as políticas climáticas e macroeconómicas”. Destacou, também, que os ministros das Finanças integram os conselhos de administração dos fundos internacionais e dos bancos de desenvolvimento.
Ainda não existe um plano para integrar o relatório, que foi elaborado depois do acordo da Conferência do Clima em Baku, na agenda da COP30. O pacto definido no Azerbaijão, em 2023, foi amplamente criticado pelas nações em desenvolvimento por ser insuficiente para os seus países. Este descontentamento surge face às conclusões da ONU que indicam que estes países vão precisar de um montante quatro vezes superior aos 300 mil milhões combinados para o financiamento climático.
Segundo a Reuters, o relatório dos ministros das Finanças era muito aguardado, numa altura em que se procura avaliar o nível de ambição das nações ricas, enquanto os Estados Unidos recuam e a União Europeia tenta gerir as preocupações com a segurança energética e a agressão russa.
Tatiana Rosito disse à agência britânica que os ministros passaram meses a consultar governos e a ajustar orientações para garantir que fossem relevantes e acessíveis a todos.
O relatório fará parte da chamada “Roteiro de Baku a Belém” e incluirá capítulos sobre o meio ambiente, os direitos indígenas e os esforços gerais para reduzir as emissões de carbono.
No entanto, a Reuters nota que o relatório final atenuou algumas recomendações que constavam de um esboço, em agosto. Foi eliminada a exigência para que “os fluxos externos de financiamento climático concessionais aumentassem significativamente e atingissem pelo menos 250 mil milhões de dólares anuais até 2035”.
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