Subscrever Newsletter - Mantenha-se atualizado sobre tudo o que se passa na transição verde.

Subscrever Newsletter

Mantenha-se atualizado sobre tudo o que se passa na transição verde.

Submeter

Ao subscrever aceito a Política de Privacidade

2 min leitura

Triplicar capacidade renovável até 2030 exige duplicar investimento anual

IRENA conclui que meta definida para capacidade instalada de renováveis continua alcançável, mas é preciso mais investimento, especialmente nos países em desenvolvimento.

22 Out 2025 - 13:57

2 min leitura

Foto: Adobe Stock/Studio-FI

Foto: Adobe Stock/Studio-FI

O objetivo do Consenso dos Emirados Árabes Unidos de atingir 11,2 terrawatts de capacidade instalada de energia renovável até 2030 – definido na COP28 – continua ao alcance, segundo o mais recente relatório da Agência Internacional para as Energias Renováveis (IRENA, na sigla inglesa). A perspetiva mantém-se graças a registos históricos de novas instalações destas fontes pelo terceiro ano consecutivo em 2024. No entanto, a análise aponta que os desequilíbrios nas tecnologias instaladas e na sua distribuição geográfica continuam a ameaçar uma transição eficaz, justa e inclusiva.

Para chegar à meta estabelecida, entre 2025 e 2030, o investimento anual deverá atingir 1,4 biliões de dólares, mais do dobro dos 624 mil milhões aplicados em 2024, salienta o intitulado “Cumprir o Consenso dos EAU”. Apesar de os investimentos globais na transição energética terem ultrapassado os 2 biliões de dólares pela primeira vez em 2023, a IRENA alerta que o dinheiro continua mal distribuído, deixando muitos países do Sul Global para trás.

Na COP29, os países acordaram triplicar o financiamento climático para os países em desenvolvimento, fixando-o em 300 mil milhões de dólares anuais. A agência considera este avanço positivo, mas insuficiente face aos 5 biliões de dólares por ano que estima serem necessários para acelerar a transição energética mundial.

A IRENA defende que a facilitação de projetos será essencial para que os países em desenvolvimento consigam aceder aos fundos disponíveis. Muitas vezes, os financiadores impõem critérios rigorosos que beneficiam grandes projetos já estruturados, pouco comuns no Sul Global.

Segundo a agência, a facilitação de projetos, através de assistência técnica, capacitação e simplificação de processos, pode tornar os projetos mais atrativos para investidores, reduzindo riscos e garantindo o fecho financeiro.

A IRENA tem apostado em plataformas como a ETAF (Energy Transition Accelerator Financing Platform) e a CIP (Climate Investment Platform), que já mobilizaram 4,15 mil milhões de dólares até 2024, com o objetivo de ligar projetos prontos a investir a parceiros financeiros.

A organização conclui que, com uma articulação eficaz entre financiamento e facilitação de projetos, será realmente possível triplicar a capacidade de energia renovável global até 2030.

Subscrever Newsletter

Mantenha-se atualizado sobre tudo o que se passa na transição verde.

Ao subscrever aceito a Política de Privacidade