
2 min leitura
Nobel da Química distingue criadores de materiais que capturam CO2 e água da atmosfera
Susumu Kitagawa, Richard Robson e Omar M. Yaghi distinguidos pela descoberta e desenvolvimento de estruturas metal-orgânicas que conseguem reter moléculas de CO2. Inovação permite reduzir o custo e complexidade da captura de emissões.
14 Out 2025 - 11:54
2 min leitura

Foto: Freepik
- Projeto de uma das maiores centrais solares em Portugal aberto a consulta pública
- Grupo Paulo Duarte investe 3,3 milhões na renovação da frota de transporte de energia
- Pacto para o Mediterrâneo quer melhorar produção de energia limpa
- ADENE impulsiona eficiência elétrica e hídrica em Moçambique
- Ministros das Finanças querem subir financiamento climático anual para 1,11 biliões de euros
- Proposta tarifária da ERSE aumenta remuneração da E-Redes em 93 milhões de euros

Foto: Freepik
O Prémio Nobel da Química de 2025 foi atribuído aos cientistas Susumu Kitagawa, Richard Robson e Omar M. Yaghi, no dia 8 de outubro, pela descoberta e desenvolvimento das estruturas metal-orgânicas (MOF, na sigla inglesa), materiais inovadores capazes de capturar gases como dióxido de carbono e hidrogénio, e até extrair água da atmosfera.
As MOF funcionam como esponjas microscópicas, compostas por uma rede de pequenas cavidades. Apenas alguns gramas do pó das MOF constituem uma área interna equivalente à de um campo de futebol, o que faz destas estruturas o material sólido mais poroso conhecido até à data. Graças a essa característica, conseguem reter moléculas de CO2, abrindo caminho a tecnologias que poderão reduzir significativamente o custo e a complexidade da captura de emissões, seja em centrais elétricas, indústrias pesadas ou diretamente do ar.
A Comissão Europeia destaca o feito e evidencia que tem vindo a apoiar o desenvolvimento destas soluções através de programas como o Horizonte Europa, o Fundo de Inovação e o regulamento Remoções de Carbono e Agricultura de Carbono (CRCF, na sigla em inglês).
Entre os projetos em curso destacam-se o PORECAPTURE e o MOST-H2, ambos financiados pelo Horizonte Europa, que exploram o potencial das MOF na captura de CO2 em membranas e no armazenamento de hidrogénio.
No âmbito do CRCF, Bruxelas está ainda a criar um sistema de certificação para remoções permanentes de carbono, abrangendo tecnologias como a Captura Direta do Ar com Armazenamento de Carbono e a Captura de Emissões Biogénicas com Armazenamento de Carbono. O objetivo é estabelecer regras comuns de monitorização e verificação, permitindo que as empresas que adotem estas soluções possam obter certificação europeia. A medida deverá reforçar a credibilidade do mercado, atrair investimento e estimular a procura por remoções de carbono fiáveis e auditáveis, segundo a Direção-Geral do Ambiente da Comissão Europeia.
Mas o potencial das MOF não se esgota na luta contra as emissões. Estes materiais estão também a ser estudados para extrair água potável do ar, eliminar poluentes e armazenar energia sob a forma de hidrogénio, aplicações que poderão desempenhar um papel crucial na transição energética e na adaptação às alterações climáticas.
- Projeto de uma das maiores centrais solares em Portugal aberto a consulta pública
- Grupo Paulo Duarte investe 3,3 milhões na renovação da frota de transporte de energia
- Pacto para o Mediterrâneo quer melhorar produção de energia limpa
- ADENE impulsiona eficiência elétrica e hídrica em Moçambique
- Ministros das Finanças querem subir financiamento climático anual para 1,11 biliões de euros
- Proposta tarifária da ERSE aumenta remuneração da E-Redes em 93 milhões de euros