Subscrever Newsletter - Mantenha-se atualizado sobre tudo o que se passa na transição verde.

Subscrever Newsletter

Mantenha-se atualizado sobre tudo o que se passa na transição verde.

Submeter

Ao subscrever aceito a Política de Privacidade

3 min leitura

ONU elogia progressos dos países em desenvolvimento na adaptação climática

Novo relatório da ONU destaca avanços na preparação dos Planos Nacionais de Adaptação, mas alerta ser necessário um aumento substancial e previsível do financiamento.

22 Out 2025 - 08:30

3 min leitura

Simon Stiell , secretário-rexecutivo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas | Foto: Rede social X

Simon Stiell , secretário-rexecutivo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas | Foto: Rede social X

O mais recente relatório das Nações Unidas sobre o progresso na formulação e implementação dos Planos Nacionais de Adaptação (PNA) revela avanços significativos entre os países em desenvolvimento. No entanto, o relatório sublinha que a transição para a fase de execução plena exigirá um aumento substancial e previsível do financiamento.

Os Países Menos Avançados (PMA) e Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (PEID) registaram um bom progresso. Segundo o documento, muitos já concluíram a fase mais complexa, a de criação de estruturas institucionais e analíticas, e estão agora preparados para passar à implementação das medidas de adaptação.

Contudo, muitas nações continuam limitadas por recursos escassos, burocracia complexa e falta de capacidade técnica para aceder diretamente aos fundos disponíveis. A ONU defende uma mudança profunda na forma como o financiamento da adaptação é disponibilizado, passando de apoios pontuais para programas de longo prazo que reforcem as instituições nacionais e as iniciativas locais.

“Este relatório podia facilmente ter um subtítulo: ‘Chega de desculpas, investidores!’. Porque investidores e instituições financeiras já não podem dizer que não sabem onde ou como investir na adaptação. Estes planos esclarecem – país a país, setor a setor – quais são as prioridades, as necessidades e as oportunidades”, declarou Simon Stiell ,  secretário-rexecutivo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (CQNUAC).

Stiell acrescentou, ao apresentar o relatório nesta terça-feira em Brasília, que o financiamento climático “não é caridade”, é “vital para proteger todas as populações e economias, e também as cadeias de abastecimento globais das quais todos os países dependem para garantir crescimento económico estável, segurança alimentar e energética”.

Os PNA têm permitido definir metas nacionais, identificar riscos e estabelecer prioridades para reduzir a vulnerabilidade face às alterações climáticas. Estes planos integram-se cada vez mais nas políticas de desenvolvimento e nos relatórios nacionais apresentados à CQNUAC.

Apesar das dificuldades, nota-se um esforço crescente para envolver toda a sociedade nos processos de adaptação, incluindo o setor privado, comunidades locais, mulheres, jovens e povos indígenas. Esta abordagem inclusiva, refere o relatório, é essencial para garantir soluções sustentáveis e justas.

A ONU prevê que, até ao final de 2025, a maioria dos países em desenvolvimento tenha concluído ou esteja prestes a submeter o seu primeiro PNA. O desafio, agora, será transformar esses planos em programas concretos que gerem benefícios reais de resiliência para as populações e ecossistemas.

Subscrever Newsletter

Mantenha-se atualizado sobre tudo o que se passa na transição verde.

Ao subscrever aceito a Política de Privacidade