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Avanços da capacidade renovável global considerados insuficientes para transição limpa

Mesmo com aumento global recorde em 582 gigawatts (GW), em 2024, avanços não chegam para triplicar renováveis em 11,2 terawatts até 2030. Conclusões constam de um relatório apresentado durante a Pré-COP, em Brasília.

15 Out 2025 - 11:19

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Foto: IRENA

Foto: IRENA

Apesar de a capacidade renovável global ter aumentado em valores recorde de  582 gigawatts (GW), em 2024, os avanços ainda são considerados insuficientes para a meta de triplicar essas fontes para 11,2 terawatts até 2030. As conclusões constam de um relatório divulgado durante a Pré-COP, pela Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA), Presidência Brasileira da COP30 e Aliança Global de Renováveis (GRA, na sigla inglesa), em Brasília, nesta terça-feira.

Para cumprir a meta estabelecida na COP28, nos Emirados Árabes Unidos, concluiu-se que é preciso aumentar a capacidade anual em 1122 GW já a partir deste ano. Ou seja, é necessário que se verifique um crescimento de 16,6% todos os anos, como aquele que é o segundo relatório oficial de acompanhamento das metas energéticas estabelecidas. O documento destaca ainda que a eficiência energética é igualmente uma preocupação, com a intensidade a evoluir apenas 1% no ano passado, abaixo dos 4% anuais exigidos para manter o objetivo de estabilizar em 1,5º o aquecimento do planeta.

O mesmo relatório insta a ações de urgência, como integrar as metas para as renováveis nos planos climáticos nacionais (NDC, na sigla inglesa) antes da COP30, em Belém, duplicar a ambição coletiva da NDC, e expandir o investimento em renováveis para 1,2 biliões de euros (1,4 biliões de dólares) entre 2025 e 2030, de modo a duplicar os 536 mil milhões de euros (624 mil milhões de dólares) investidos em 2024.

Face a estas conclusões, o presidente da GRA, Ben Backwell salintou que o setor privado está a impulsionar a transição energética, ao fornecer três quartos do investimento global em energia limpa. “O que precisamos agora é de planos governamentais de longo prazo que correspondam às ambições nacionais; precisamos de ‘pipelines’ que entreguem projetos. Os planos devem proporcionar ações de capacitação em redes e armazenamento e ajudar a maximizar os benefícios da transição energética”, explicou.

As emergentes e as principais economias no mundo devem responsabilizar-se pela liderança, garante o relatório, ao prever que as nações do G20 constituam mais de 80% das fontes renováveis globais até ao fim da década. Cabe ainda aos países mais ricos do G7 aumentar a sua participação para cerca de 20% da capacidade global.

O relatório alerta também para a necessidade de investir em redes, cadeias de abastecimento e produção de tecnologia limpa para energia solar, eólica, baterias e hidrogénio.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, declarou que  “a revolução da energia limpa é imparável. As energias renováveis são implantadas de forma mais rápida e barata do que os combustíveis fósseis, gerando crescimento, empregos e energia acessível. Mas a janela para manter o limite de 1,5°C dentro do alcance está a fechar-se rapidamente. Precisamos de intensificar, ampliar e acelerar a transição energética justa – para todos, em todos os lugares.”

“As energias renováveis não são apenas a solução climática mais económica; elas são a maior oportunidade económica do nosso tempo”, salientou o diretor geral da IRENA, Francesco La Camera. Acrescentou que o relatório traça o caminho de “acelerar a implementação, modernizar as redes, ampliar a tecnologia limpa e fortalecer as cadeias de abastecimentos”.

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